O prometido é devido, 6
MP (de pé, no meio da sala, olha em redor) – Isto está animado, sem dúvida.
(de pé, no meio da sala, olha em redor) (espantada) – Então, já voltou?
(espantada) – Falou com o Professor Djabi?
GR (entra, e senta-se) – O quê? Não ouvi bem… com este barulho…
(entra, e senta-se) (intrigada) – Não era nada consigo. Mas diga-me, onde esteve?
(intrigada) – Estamos curiosas. Sabe, é que temos lido algumas das suas entradas.
GR – Então, se é assim, é como se já nos conhecêssemos. Dispensemos as apresentações e os parêntesis. Gosto das entradas assim, directas.
ABB (entra, vindo da esquerda) – Vejo que já arranjou companhia, Sr. Rubim.
(entra, vindo da esquerda) (decididamente) – Mas eu vim consigo, Sr. Baptista. Não me diga que vai fazer de conta que não me conhece.
(decididamente) – Desculpe, mas a senhora veio comigo. Não se afaste, que a primeira dança está prometida.
ABB – Acho bem, que eu já tenho um compromisso. Além disso, a sua aparição foi inopinada. Não me responsabilizo. Eu falo sempre à minha maneira e donde venho não interessa a ninguém.
(entra, vindo da esquerda) – Eu podia dizer o mesmo.
(decididamente) – Isso já foi o que disse da outra vez. Hoje veio comigo e não se fala mais nisso.
CA (entra, olha para os outros) – Eu a pensar que vinha cedo demais.
(entra, olha para os outros) (curiosa) – Claro que não, Clara!
(curiosa) – O que é que isso significa?
(entra, olha para os outros) – Nada, nada.
FMO (entra, com ar apressado) – Acho que me enganei na porta.
(entra, com ar apressado) (surpreendida) – Não se enganou, não.
(surpreendida) – Como é que sabe? Pode muito bem ter-se enganado.
FMO – Enganei-me ou não?
(entra, com ar apressado) – Já lhe disse, não se enganou.
(surpreendida) – Não faça caso.
PS (entra, e senta-se discretamente) – Então, mas isto era uma reunião ou quê?
(entra, e senta-se discretamente) (tímida) – Sr. Serra, deixe-me que me apresente.
PS – Não é preciso. Eu já a conheço.
(entra, e senta-se discretamente) – Já me conhece? Deve estar a confundir-me com outra.
(tímida) – Onde é que vai?
PS – Vou aos lavabos. É só um instante.
(tímida) – Olhe que isto não é nenhuma biblioteca vaticana ou salamantina…
OMS (entra, com ar enfastiado) – Eu sabia que não devia ter vindo.
(entra, com ar enfastiado) (desdenhosa) – Mas veio, e trouxe-me atrás. Estava agora tão bem a ler o Casmurro.
(desdenhosa) – Essa merda pretensiosa? Avise quando for ler, que eu vou fazer outra coisa.
OMS – Incorrigível! E piora de dia para dia. E que espécie de música é esta?
LQ (fica à porta, do lado direito, lança um olhar ao grupo todo) – Que visão do caraças!
(fica à porta, do lado direito, lança um olhar ao grupo todo) (sobranceira) – Chegue-se para o lado que eu quero ver também.
LQ – Veja, veja, veja à vontade.
(sobranceira) – O que há para ver? O quê?
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