23 setembro 2005

Letargia, 2















MP – Não olhem para mim.
GR – Já começa com merdas…
MP – Ele é que me disse para aparecer.
GR – Diz isso, e depois não vem?
ABB – Já sabem do que a casa gasta.
CA – Qual casa?
FMO – Pois. Qual casa?
ABB – Não é a casa. É o Groucho.
PS – O que tem o Groucho?
ABB – Dividir e reinar, é o que tem.
OMS – Reinar e mangar, pois é. Conversas fiadas aí pelos cantos.
LQ – Eu, ao menos, não lhe dou confiança.
GR – Dá-lhe aforismos, imagino.
LQ – Deixe-se de graças, porque eu bem tenho visto as suas conversas a meio da madrugada.
CA – Mas afinal o que é que ele queria? Não era um clube de leitura?
ABB – Não era nada disso. Isso já lá vai...
OMS – Falou o casmurro-mor!
ABB – O que é que isso quer dizer? O quê, hein?
OMS – ’Tá-se bem.
FMO – Ai está?
ABB – Bom, o que ele disse foi que havia uma crise.
GR – Pois foi. Aliás, a palavra usada até foi letargia.
MP – Torpor.
LQ – Gosto dessa!
CA – Dormência.
FMO – Comigo, referiu-se a paralisia.
PS – Uma modorra.
OMS – Uma porra! Avancem! Que inércia!