Dia crItico sem diacrItico, 2
- Groucho, sabe, por acaso, o que E um diacrItico?
- Nan-u me diga que vamos ter a mesma conversa?
- Mas jah tivemos esta conversa, foi?
- Esta, nan-u, obviamente. Mas uma parecida.
- Como E que sabe?
- Pelo inIcio, claro. Ouve-se o inIcio e toca logo um sino.
- Toca logo um sino?! Nan-u estou a perceber.
- Rings a bell... knock on wood... cross your fingers... shut the door.... anglicismo puxa anglicismo, percebe?
- Mais devagar, que estah a desviar a conversa.
- Qual conversa?
- A conversa que estamos a ter.
- Afinal eu tinha razan-u.
- Nan-u estou a perceber.
- Como E que a conversa se pode desviar se voceh nan-u souber jah para onde ela vai?
- E quem lhe diz a si que...
- Nan-u me interrompa no meio da conversa.
- Chama a isto uma conversa?
- Isso pergunto eu!
- O senhor E que disse que Iamos ter a mesma conversa. Nan-u se arme em desentendido...
- Pois disse, mas enganei-me. Bem se veh que isto nan-u E conversa nenhuma!
- Como nan-u E conversa nenhuma? Entan-u o que E?
- Diga o Senhor, foi o Sr. que abriu as hostilidades.
- Nan-u fui eu, foi o sino, o sino E que descarrilou isto.
- Nan-u misture as metahforas, homem.
- Voceh hoje estah de todo.
- Estah a ver? E depois ainda diz que nan-u E a mesma conversa...
- Acha que jah tivemos esta conversa, E?
- Isto nan-u E conversa nenhuma, jah lhe disse. O mais grave E que nan-u saImos daqui.
- De onde?
- Deste dia crItico.
- Ah! Era mesmo aI que eu queria chegar.
- Entan-u porque nan-u disse logo?
- Groucho, voceh faz um santo perder a pacienncia.
- Pois, entan-u nan-u fale, homem. Nan-u fale.
- Que dia!
- Que crIptico!
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