lascia la spina, cogli la rosa
lascia la spina, cogli la rosa ainda não tinha acabado de tocar quando decidiu levantar-se da bancada. soergueu-se e os sensores, reagindo ao movimento, activaram as lâmpadas. uma luz azulada inundou o laboratório. conseguia agora distinguir claramente a porta que dava acesso à sala contígua, que permanecia às escuras. um painel de vidro, a todo o comprimento da parede, separava as duas salas. do lado oposto estavam as janelas que davam para o exterior. o mais extraordinário é que estas observações ficaram registadas sem que os acordes perdessem a menor definição nos parâmetros sensoriais. este era certamente um dos melhoramentos no novo protótipo. «Minsky tinha razão quando insistira na particularidade daquele algoritmo genético», pensou Cecilia, ao ver os registos daquele despertar prematuro, alguns dias mais tarde. tu vai cercando il tuo dolor: era possível até sobrepor no diagrama a linha melódica e a linha dos movimentos corporais. «boa ideia fazer a actividade do organismo activar o ficheiro da ária», pensou. o delicado equilíbrio entre presentificação e abstracção tinha sido atingido. ANIMA parecia cantar interiormente, a julgar pelos sinais do seu metabolismo cibernético.
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