04 setembro 2005

Ordem de trabalhos: a queda, 2 (caótica)


















ABB – Este pano é seu?
CA – Meu, não. Pergunte ao Sr. Quintais.
ABB – Este pano é seu?
LQ – Qual pano?
ABB – Curioso! Ainda agora o tinha na mão.
FMO – Pois tinha, mas eu vi-o subir.
GR – O que é que se passa?
MP – Parece que o Sr. Oliveira viu o pano subir.
OMS – Não admira, que ele vai muito ao teatro.
FMO – Não estou a brincar. Garanto-lhe que subiu e subiu bem.
LQ – Então é como o petróleo! Ainda bem que não conduzo.
ABB – Ai é? O senhor continua a teimar em vir de taxi para o clube?
CA – Afinal de quem era o pano?
MP – Acho que era um pano qualquer.
OMS – O que interessa isso agora?
PS – Sim, não foi para isso que viemos.
GR – Mas os senhores vieram? Eu ia a passar. Só por acaso vos apanhei.
ABB – Mas olhe que não foi da lama.
GR – O que está a sugerir?
ABB – Que o Sr. está sempre a passar… Tire os auscultadores e sente-se.
CA – O Sr. Serra disse que tinha uma ideia para o clube de leitura.
OMS – E qual é? Pode saber-se? Ou o Sr. Portela vai continuar a desfiar os seus isótopos?
MP – Essa terceira pergunta é descabida, no mínimo. O Sr. bem sabe que a conversa segue o seu curso. Não há nada a fazer.
OMS – Se me dá outra fala daquelas, a conversa acaba já aqui!
CA – Não se exalte Sr. Silvestre, já sabe como ele é. Deixe-o à vontade. Estamos aqui para ouvir o Sr. Serra, e ele ainda mal abriu a boca.
PS – Estava a ver que não dizia mais nada hoje.
LQ – E o seu silêncio vinha mesmo a calhar.
PS – Porquê? Posso saber?
FMO – É o pano. É o pano que vem a descer outra vez.
[Cai o pano]