05 fevereiro 2006

ajuda-me, não estou em mim

- Diz que nada se repete e, ao mesmo tempo, que nada aguenta a repetição. Em que é que ficamos?
- Não faça frases tão longas, Groucho.
- Agora eu é que faço?
- Deixe essa tecla, que está gasta. Sinta apenas a radiação.
- A radiação?
- Sim, a chamada do real para o sujeito vigilante.
- O sujeito vigilante?
- Tão vigilante que o sentido de si é um campo de possibilidades. Um feixe egonómico.
- Metaforiza?, a estas horas?
- Não se chegam a encontrar.
- Como? Se o som e a luz modificam as extremidades nervosas?
- Sim, admito que há um interface. Até mesmo uma interacção.
- Então?
- A alegria permanece imotivada.