08 março 2006

Últimas palavras, 2

— …e foi a mim que ele reservou as suas últimas palavras.
— A si?!
Estranho, não é?
Muito.
— E mais ainda o que me disse. E mais ainda o sorriso com que o disse.
Mas disse o quê, afinal?
isto: «Era de si que eu mais gostava. Faça sempre assim como fez. Venha depois, sempre depois, e seja sempre anterior. Anterior…ao anterior. Ouviu?» E expirou, muito sereno, sorriso nos lábios, julgo que era um sorriso.