18 janeiro 2006

Para Clara

É melhor a voz, ainda que não seja em carne viva. Lembra-te do comércio entre vendilhões chineses e vendilhões espanhóis; acolá, não há contrato escrito que valha, exasperando-se infinitamente os segundos. Para os primeiros a letra está sempre no passado, dizem eles ser “imoral” mantê-la no presente. Haverá maior astúcia de uma viva voz impossível? Bom, vou ouvir agora aquela dos Franz Ferdinand que diz “It’s always better on holiday / So much better on holiday / That’s why we only work when / we need the money”. Chegando-te a conta, não a pagues, não faz diferença.