Os amadores, os críticos e os amigos dos críticos, 1

— Então e o senhor deixa que esta querela lhe passe ao lado?
— Querela? Qual querela, Groucho?
— Então, Sr. Rubim, a querela dos críticos e dos amigos dos críticos.
— Críticos? Mas quais críticos?
— Os críticos literários, homem!
— Não sei de nada.
— O senhor não é crítico literário?
— Eu? Não. De facto, exerci esse mester em tempos que já lá vão, mas sabe como é, havia uma família para sustentar, crianças em crescimento… Em suma, rendia pouco.
— Abandonou o ofício por motivos pecuniários?
— Parece-lhe insuficiente? O Groucho é um solitário, no fundo ignora as grandes batalhas do sustento e da sobrevivência. Se tivesse de viver das letras…
— E acha que isso explica o tal problema?
— Qual problema?
— O problema dos amigos. Isto de haver críticos que escrevem sobre livros escritos por amigos deles.
— E isso é algum problema?
— É esse o problema que está a ser discutido.
— Ai é? Nesse caso, Groucho, pode ter a certeza de que se trata de uma discussão de amadores.
— Querela? Qual querela, Groucho?
— Então, Sr. Rubim, a querela dos críticos e dos amigos dos críticos.
— Críticos? Mas quais críticos?
— Os críticos literários, homem!
— Não sei de nada.
— O senhor não é crítico literário?
— Eu? Não. De facto, exerci esse mester em tempos que já lá vão, mas sabe como é, havia uma família para sustentar, crianças em crescimento… Em suma, rendia pouco.
— Abandonou o ofício por motivos pecuniários?
— Parece-lhe insuficiente? O Groucho é um solitário, no fundo ignora as grandes batalhas do sustento e da sobrevivência. Se tivesse de viver das letras…
— E acha que isso explica o tal problema?
— Qual problema?
— O problema dos amigos. Isto de haver críticos que escrevem sobre livros escritos por amigos deles.
— E isso é algum problema?
— É esse o problema que está a ser discutido.
— Ai é? Nesse caso, Groucho, pode ter a certeza de que se trata de uma discussão de amadores.
— Discussão de amadores? Juro-lhe que está mal…
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