28 janeiro 2006

Ainda a conversa do teatro (antes do teatro da conversa)


— O Groucho é capaz de me explicar o que é que isto quer dizer?
— Eu?!
— Sim, o Groucho há-de saber o que é o politeísmo de valores, ou não?
— Eu?!
— Ó Groucho, só lhe peço que me esclareça o que é um teatro estandarte de ideias totalitárias, pode ser?
— Eu?!
— Vá lá, Groucho, ao menos ilumine-me quanto à fortificação de linguagens emergentes, não lhe peço mais…
— Eu?!
— Por favor, Groucho, diga-me em que consistem as leituras antropológicas e classicistas de textos!
— Eu?!
— Ó Groucho, não me deixe sem saber por que o Teatro Nacional não deve ter significado…
— O Teatro Nacional não deve ter significado?!
— …mas deve ter significantes.
— Significantes? Isso ainda existe?
— Vá lá, Groucho, deixe-se de piadas e explique-me a geometria do círculo tracejado.
— Eu?!
— Ó Groucho, veja se entende: é a segunda vez que leio isto
— A segunda?
— Sim, isto já tinha saído no jornal, há uma semana ou coisa que o valha, e eu…
— Algum jornal de escola, não?
— Esqueça, Groucho.