09 julho 2005

Crítica social do gosto

- Afinal, parece que não houve nenhum arrastão…
- No Brasil é que houve e há um mensalão…
- Uma outra modalidade de arrastão, praticada neste caso pelo PT, não é?
- Por cá, é a PT que às vezes também nos faz um arrastão no bolso… Ou a EDP…
- Agora parece que temos o «Volta Miguel!», pelo Luís Filipe Vieira.
- Sem esquecer o «Bute daqui, chinoca!», pelo Alberto João.
- Que já teve consequências no «Bute do Chão da Lagoa, Marques Mendes!», pelo PSD de lá…
- Tanta telenovela…
- O que nos vale são os livros, para compensar destes subprodutos distractivos.
- Nunca mais chega o novo Saramago… Consta-se que é sobre o terrorismo...
- Eu estou encantado com o último do José António Saraiva. Afinal, ele até sabe escrever frases compridas… Bem diz a crítica do Expresso.
- Devo dizer que, por mim, prefiro o cinema. O Bergman. Aquilo é que é arte séria e a sério!
- Nessa linha, prefiro os Ossos, do Pedro Costa. Tem mais consciência social. Mais denúncia… O Bergman é mais pra divorciados. Ou pra famílias disfuncionais com casas brutais.
- Não concordo inteiramente... Mas olhe, do que eu gostei mesmo – quem diria? - foi do Madagáscar! Muito pedagógico. Quer para miúdos, quer para graúdos.
- Pois, vi na coluna da «Bomba Inteligente», na Única, que ela foi fazer trabalho de campo para Madagáscar…
- Para «o» Madagáscar! É um filme de animação.
- Gaita, bem que me pareceu que não tinha entendido nada, porque ela falava de um Madagáscar em português e outro em inglês... Também, sabe, esta coisa do Miguel anda a tirar-me o sono. Deve estar ali a mãozinha do Sporting, não acha?
- O nosso presidente não faz disso. Mas olhe, tenho aqui o Record. Dê uma espreitadela. Jornal sério é esse!
- Mas fica sem ter o que ler enquanto toma a bica…
- Não, não, que também comprei a Egoísta. Esteja à vontade. Aproveito para ler um artigo do Prado Coelho que lá vem. Sobre Deleuze e o desejo.