Alvorada de leitor*
— Olá, Groucho, e adeus.
— Não fica cá hoje, senhor?
— Não, estou farto disto. Aliás, tenho que fazer noutro sítio.
— Lastimo, senhor, tinha esperança de que me aconselhasse algumas leituras de férias no âmbito desse programa antimoderno de que falámos ontem…
— Oh, isso não custa nada, Groucho: comece por ler um poema de Carlos Drummond de Andrade, que começa com o verso «E como ficou chato ser moderno». Está para aí algures, procure num livro chamado Fazendeiro do Ar. Depois de o ter lido e relido, meditado e remeditado, leia o Bartleby, de Melville. Pequeno. Pode levá-lo no bolso, e dá para o Verão todo. Mas, espere aí! você não vai ter férias! Vai ficar aqui, sempre. Lembre-se disso!
— Preferia não o fazer, senhor.
*Aka Early fucking blogs
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