O paronomásio*
— E aí, Groucho, tudo jóia?
— Folgo em vê-lo mais bem disposto, senhor.
— Venho de dormir uma sesta. Diga-me, acredita na reencadernação das almas?
— Ah, e voltou ao projecto de compilar paronomásias burlescas.
— Nem mais, se a tanto ajudar o engenho e a tarte.
— Hoje de morango, senhor, e sem electricidade estrábica. Vieram em embalagens aritmeticamente fechadas.
— Boa, quero duas. E desculpe ter feito de si bode respiratório esta manhã.
— Ora, senhor, trabalho para servir, embora não sirva para trabalhar.
— Alto lá, que isso é uma antimetábole.
— Imperfeitíssima, senhor, imperfeitíssima.
— Folgo em vê-lo mais bem disposto, senhor.
— Venho de dormir uma sesta. Diga-me, acredita na reencadernação das almas?
— Ah, e voltou ao projecto de compilar paronomásias burlescas.
— Nem mais, se a tanto ajudar o engenho e a tarte.
— Hoje de morango, senhor, e sem electricidade estrábica. Vieram em embalagens aritmeticamente fechadas.
— Boa, quero duas. E desculpe ter feito de si bode respiratório esta manhã.
— Ora, senhor, trabalho para servir, embora não sirva para trabalhar.
— Alto lá, que isso é uma antimetábole.
— Imperfeitíssima, senhor, imperfeitíssima.
*De Caderninhos de Retórica do Groucho, fl. 13c.
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