«Dicionário de Soundbytes», por Groucho
Arte: 1. Compra-se, vende-se, subsidia-se. 2. Depois de Duchamp (v.) e Warhol (v.), tudo é arte.
Assírio & Alvim: 1. A única editora de poesia em Portugal. 2. Todos os poetas (v.) lá querem editar. 3. Quase todos conseguem fazê-lo. 4. Dizer «A Assírio», sugerindo intimidade.
Ateísmo: 1. Tem a ver com comunismo (v.). 2. Uma seita (v.). 3. Na América (v.) não há disso.
Aura: 1. Pode dizer-se «áurea», em frases como: «Tem toda uma áurea…». 2. Conceito que provém de um ensaio do judeu alemão Walter Benjamin sobre arte sacra.
Audiovisual: 1. Um brinquedo caro mas que todos cobiçam. 2. O cinema é arte, o audiovisual é negócio.
Autor: 1. Não existe. A propósito, citar Foucault (v.), deixando arrastar a interrogação: «De facto, o que é um autor?...». 2. Recebe em média 10% sobre o preço de capa de cada livro vendido. 3. Saramago (v.) recebe muito. 4. Inês Pedrosa (v.) também. 5. Os poetas não recebem nada. 6. A fotocópia (v.), e o MP3 (v.), dão cabo dele.
Azevedo, Belmiro de: 1. O homem mais rico de Portugal. 2. Não gosta tanto de dinheiro que não tenha criado um jornal que só lhe dá prejuízo. 3. O país não o aproveita como devia. Dizer, a este propósito, em tom sonhador: «O que seria este país governado por ele.?...». 4. Criou o «Homem Sonae», o qual inclui muitas mulheres na caixa registadora.
Azevedo, Vale e: 1. Criou uma famosa máxima para a gestão do Benfica (v.): «Um escudo é um escudo». 2. Vítima de uma cabala perpetrada pelas máfias do futebol (v.).
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