08 março 2006

Últimas palavras, 7

Nem acredito que lhe ouvi as últimas palavras
Mas
Não, não, asseguro-lhe que foram as últimas! Eram últimas por natureza!
Como assim?
— Fez uma pausa depois de me dizer com simpatia: «Foi de si que eu mais gostei, meu caro.» E depois da pausa, arfante: «Para si, a suma das sumas, o resto dos restos» E as pálpebras desceram-lhe lentas sobre os olhos.
Que dramático!
— A prova de que falava para mim, não apenas comigo. Como sempre, aliás.