18 janeiro 2006

Ciência Nova

Odeio balanços. Como se houvesse alguma coisa mais relevante do que qualquer outra. Os livros hoje são um problema fundamentalmente museológico, como diz o Fernando R. de la Flor em "Biblioclasmo" . O resto são cliques auto-promovidas e supostamente informadas sobre o que é in e o que é out. Mas se querem brincar aos balanços, leiam o livro dos livros publicado em 2005 (se é que têm tempo, coragem, lucidez - predicados arredios ao Espectáculo): refiro-me à tradução integral da Ciência Nova de Giambattista Vico publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Influenciou Joyce, mas é bem mais instrutivo que Joyce. Não promovo tradutores, mas há gente na sombra a fazer o que ninguém faz por este país de alimárias. Conhecem Jorge Vaz de Carvalho? Eu não! E depois?