A errata irritante (III)
― Não, receio bem que não tenha percebido. O que o emérito cronista diz é que vem reconhecer o seu “erro de escrita”, de escrita, note bem. Esse reconhecimento, além de denotar louvável humildade em quem já escreve há tantos anos, é no essencial justo. De facto, não está bem escrito: as qualidades superiores de uma jornalista cultural não são decerto as da quantidade de inteligência e de informação que ela possa revelar. Isso são atributos gerais, que até a um técnico de informática se podem aplicar. Portanto, se a dita senhora não exibe outras virtudes, não tem por que ser superior às outras e a fórmula torna-se efectivamente errada e injusta.
― Hmmm…
― Além do mais, ao reconhecimento do erro acrescenta-se logo a felicidade de poder reproduzi-lo sem limites. O senhor nem notou, na pressa da sua indignação, que a forma da enumeração de excelentes jornalistas é ou, pelo menos, contém outro erro de escrita.
― Hmmm…
― Além do mais, ao reconhecimento do erro acrescenta-se logo a felicidade de poder reproduzi-lo sem limites. O senhor nem notou, na pressa da sua indignação, que a forma da enumeração de excelentes jornalistas é ou, pelo menos, contém outro erro de escrita.
― A forma?
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