O apostrófico*
Chamava, chamava: Ó alma! Ó mundo! Ó árvore do saber! Ó desgraça! Ó filho! Ó compêndio em segunda edição! Ó autocarro atrasado! Ó amor vadio! Ó chefe, dê-me um cigarrinho. Mas ninguém o ouvia: nem anjos nem heróis, nem bruxas nem reis. Quem se eu chamar… etc. No pico da exasperação, criou um blogue, onde passou a apostrofar aleivosamente os que antes apostrofava ingenuamente.
*De Caderninhos de Retórica do Groucho, fl. 49b
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