Manifesto do MAP contra o PVGRAM, por Groucho

Meus caros concidadãos!
Ao longo de quase três décadas, a paciência, o espírito de caridade cristã e de tolerância dos portugueses do continente e dos Açores foram estrenuamente postos à prova pelo comportamento abusador e contumaz do Presidente Vitalício do Governo da Região Autónoma da Madeira (entidade que, por respeito para com os hipertensos, passaremos a designar apenas por PVGRAM).
Os abusos do PVGRAM recobrem, como é do conhecimento público, todo o largo espectro da dimensão moral, ética, social, financeira e política da sociedade à qual tal personagem foi infligida pelos fados: a portuguesa.
Não contente com abusar, não apenas do Orçamento Geral do Estado, mas da própria tolerância do Estado português para com défices abusivos, criando na Madeira sistemáticos e gigantescos buracos orçamentais que depois a desabusada mãe-pátria se vê forçada a tapar, assim destapando ainda mais os nossos bolsos;
Não contente com a sistemática e já de todo inconvincente chantagem separatista sobre o todo nacional, que lhe rendeu, na Madeira, uma capitação bem superior à média nacional, e sobretudo chocantemente superior às regiões do país (Alentejo, Beiras, Trás-os-Montes) de facto «insularizadas» pelo abandono da e do capital;
Não contente com a forma como a democracia, nos seus mecanismos formais e na sua substância, é diariamente atropelada na Madeira;
Não contente com tudo isto, o PVGRAM tem gozado de uma ilimitada liberdade criativa no campo do insulto, não apenas no seu bastião privado, mas também no que toca aos portugueses do continente, habituados há muito a serem tratados como «cubanos» ou, se desempenharem certas profissões mais mediáticas, «palermas», «bastardos», «filhos da p…» e por aí fora.
Após três décadas de abusos e exploração neocolonial do continente pelo PVGRAM, é tempo de dizer BASTA!
É tempo de os portugueses-cubanos reivindicarem o seu direito à autodeterminação, ao abrigo do artigo 73 da Carta das Nações Unidas.
É, pois, enquanto cidadão de um povo integrado de plena justiça na gesta novecentista da emancipação nacional dos povos cujo direito à autodeterminação e independência as Nações Unidas acolheram, já na sua Carta, já na sua prática – que anuncio, a todos os concidadãos que comigo sofrem a longa noite do PVGRAM, a criação do MAP: Movimento para a Autodeterminação de Portugal em relação ao jugo neocolonial da Madeira!
Nesta hora solene, o MAP deixa claro que não confunde os madeirenses de boa vontade com os seguidores e serventuários do PVGRAM, ainda que possam aqueles ser em escasso número.
Também a Madeira conhecerá um dia a sua redenção!
Também na Madeira a flor da liberdade desabrochará um dia!
Também na Madeira a Praça da Canção gritará em uníssono, num dia por vir, os versos imorredoiros dos bardos da revolução!
Enquanto esse dia não chega, porém, é dever patriótico do MAP lutar, até às últimas forças, pela aplicação, no nosso território, das disposições da Carta da ONU sobre os non-self-governing territories, tanto mais que as mais altas chefias do Estado se revelam de todo impotentes para conseguir emancipar o país do obscurantismo neocolonial imposto pelo PVGRAM.
Nesse sentido, o MAP endereça desde já um apelo à Assembleia Geral da ONU para que imponha, e depois supervisione, a realização de um referendo, a realizar em todo o território português à excepção da Madeira (por razões óbvias), em que os votantes deverão responder à seguinte pergunta:
«Deseja que Portugal (continental e Açores) se torne enfim uma nação independente, rejeitando para tal o opróbio do PVGRAM e separando-se da Madeira?»
Os eleitores deverão naturalmente responder Sim ou Não.
Dado o bloqueio institucional responsável pela eternização em Portugal desta situação de obscurantismo neocolonial, o MAP entende que as Nações Unidas deverão assumir transitoriamente o governo do país, até à conclusão do referendo.
Se a vontade dos eleitores for, como desejamos, no sentido de libertar Portugal do jugo madeirense, assegurando enfim a nossa independência, deverão ser ainda as Nações Unidas a tomar em mãos a indispensável tarefa de revisão constitucional, hoje por hoje irrealizável sem ingerência externa, em virtude do referido bloqueio institucional.
Caros concidadãos:
Nesta hora grave saibamos honrar os nossos maiores, que contra mil infortúnios e potestades conseguiram manter bem alta a bandeira pátria!
Neste momento em que a nação é diariamente humilhada e pilhada pelo PVGRAM, o MAP entende por isso colocar-se sob a égide da bandeira da Organização das Nações e Povos sem Representação, já que é isso que Portugal tem sido ao longo destas três décadas, e é, por maioria de razões, neste momento: um povo sem representantes que o honrem! Um povo de governantes sem vergonha na cara!
LIBERTEMO-NOS DO JUGO NEOCOLONIAL DO PVGRAM!!!
PORTUGUESES DE TODAS AS CONDIÇÕES, UNI-VOS E LUTAI PELA INDEPENDÊNCIA!!!
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