31 julho 2005

Incorrigível

Provavelmente, esperamos demasiado da vida. Nada nos contenta, mesmo quando já conhecemos o amor e tivemos o nosso generoso quinhão de felicidade. Deve ser essa a nossa ração de orgulho semidivino (aquilo a que os gregos chamavam hubris). Ou melhor, a receita infalível para o desastre. Esse desastre rigorosamente incorrigível a que chamamos «vida».